domingo, 22 de novembro de 2015

Nomenclatura do terror

Em tempos de terror muito têm-se discutido a respeito da forma correta (ou adequada) de se referir ao grupo terrorista responsável pela onda de mortes pelo mundo.

A mais tradicional, ISIS, EI ou literalmente Estado Islâmico é desaconselhada pelos governos por se tratar de uma forma de engrandecer, tornar legítimo o grupo terrorista. Afinal, não se trata de um Estado, mas sim de um grupo criminoso que pratica atos de terrorismo.

O exemplo vem dos próprios governos dos EUA e França. Ambos os presidentes se referem aos assassinos pela sigla DAESH, que em árabe refere-se a um levante, também sendo possível traduzi-lo como Estado Islâmico. Porém, o termo possui conotação negativa no idioma, sendo inclusive a forma que o próprio DAESH utiliza para se referir a grupos opositores.

O fato se confirma pelas ameaças feitas pelo grupo a quem os referir com o termo. O incômodo gerado demonstra que deve ser mesmo a melhor forma de chamar esta parcela da escória humana.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O caso Rede Minas e a censura

Em abril deste ano durante o Jornal da Cultura foi informado pelo apresentador, em resposta a internautas, que o telejornal já não seria mais transmitido para o Estado de Minas Gerais, em decisão tomada naquela semana pela nova presidência. O fato causou revolta nos telespectadores mineiros e gerou certas dúvidas a respeito deste cancelamento da parceria entre o Jornal da Cultura e a emissora pública mineira.

Segundo a nova direção da Rede Minas, houve a necessidade de mudanças na grade, o que gerou o cancelamento da transmissão do telejornal para o Estado.

O Jornal da Cultura é conhecido por ter, entre seus articulistas, figuras que são altamente críticas ao governo do PT, com destaque para o filósofo Luíz Felipe Pondé e o historiador Marco Antonio Villa. Villa inclusive é alvo de processo pelo ex-presidente da república Luís Inácio Lula da Silva.

Uma rápida pesquisa nas redes sociais e já é possível conhecer o atual presidente da emissora, representado na figura de Israel do Vale.


É de conhecimento geral que o PT saiu vencedor da eleição para governador de Minas Gerais em 2014, na figura de Fernando Pimentel. Coincidência ou não, a mudança de gestão estadual concidiu com a dita mudança na grade.

As preferências do agora presidente Israel do Vale demonstram completo alinhamento ideológico com a atual governança. É possivel notar isso pelas preferências de páginas em seu perfil em rede social:



Em postagens recentes, Israel ainda assume posições sobre temas como o atentado de Paris:
O vice-presidente da casa, Felipe Piló, em seu perfil de rede social, defende o governo de Fernando Pimentel abertamente, além de diversas postagens com deputados e lideranças do PMDB do Estado.

Para encerrar com elegância, no lugar do Jornal da Cultura, a Rede Minas voltou a exibir o telejornal Repórter Brasil, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ligada ao governo federal do PT.

Minas Gerais agradece ao novo governo e a nova gestão da emissora pelo livre acesso de ideias, ou, pela tão amada "diversidade" de opiniões e informações.